“Temos hora e dia para começar, mas não temos hora e dia para parar.” Diz presidente da Abcam

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Milhares de caminhoneiros autônomos começam uma paralisação nacional convocada pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros, com o intuito de manifestar contra a decisão do governo de reduzir a zero a carga tributária sobre o diesel e que pode contar com apoio de outras categorias que têm no combustível o principal custo.

A Abcam representa cerca de 600 mil a 700 mil caminhoneiros pelo país, e prevê adesão em torno de 60% a 70% da categoria no Brasil até o meio-dia de segunda-feira. Segundo o representante, nos primeiros dias a maior adesão deve ser no Sul e Centro-Oeste do País e em seguida a greve irá se estender para Norte e Nordeste.

Demais entidades também vão aderir à paralisação, segundo a Abcam: União Geral dos Transportadores Escolares (Ugtesp), Cooperativa de Turismo do Distrito Federal (Coopetur), Sindfrete, Unitrans Brasil, Sindicato de Escolares de Pernambuco e Sindicato de Taxistas de São Paulo e Nordeste.

O presidente da Abcam ressaltou que, mesmo que o governo resolva chamar os caminhoneiros para negociações nessa segunda-feira, o diálogo irá ocorrer em meio à paralisação. “Não vamos aceitar pedidos para suspender o movimento e vir conversar, de maneira nenhuma. Temos hora e dia para começar, mas não temos hora e dia para parar.”

E ele ainda ressaltou que, se a greve se estender por cinco a seis dias, o comércio e o agronegócio devem ser afetados pelo desabastecimento de produtos, mas que os caminhões que na segunda-feira estejam em trânsito com carga viva terão a passagem liberada para descarregar.

Fonte: Gazeta do povo