Clevelândia e Mariópolis investem em usina de oxigênio

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Em 15 dias, população de Clevelândia e Mariópolis contará com sua própria usina de oxigênio. A implantação, feita em conjunto entre os dois municípios, é uma forma de prevenção futura, caso ocorra falta de oxigênio no mercado, devido a grande demanda de pacientes com problemas respiratórios, causados, principalmente, pela covid-19.

Rafaela Losi, prefeita de Clevelândia destaca que a aquisição da usina é em decorrência “da possibilidade de falta de oxigênio, ou até mesmo um desabastecimento.”

Ela ainda destaca que nos últimos dias, houve um aumento de casos no município, e que algumas situações evoluíram para óbito e destacando que no tratamento da covid-19, o suporte com oxigênio é essencial.

Rafaela pondera que “temos feito tudo o que está ao nosso alcance, passa salvar vidas”, ao comentar, que tão logo tomou conhecimento da possibilidade da aquisição da usina, entrou em contato com Mario Paulek, para juntamente com Mariópolis realizar a aquisição.

Para Paulek, prefeito de Mariópolis, a aquisição da usina é uma forma de proporcionar a população das duas localidades uma maior tranquilidade com relação ao tratamento da doença. “Já estamos percebendo um aumento na demanda de oxigênio em todos os municípios, por isso, estamos nos preparando”, disse completando que está cada vez mais difícil reabastecer os cilindros de oxigênio devido a grande procura.

Paulek disse ainda que, em caso de desabastecimento do gás, municípios da região também poderão ser beneficiados com a usina.

Investimento

De acordo com o setor de licitações do Consórcio Intermunicipal da Saúde (Conims), que está realizando a compra da usina, toda a estrutura custará R$ 297.014,90 — valor que será igualmente dividido entre os dois municípios.

Estrutura

De acordo com o chefe de gabinete de Clevelândia, Rafael Barbosa, a usina ficará instalada na estrutura em que se encontra a Secretaria Municipal de Saúde do município. “Ela é importante porque não sabemos quanto tempo esse pico vai durar e nem o que pode acontecer depois com os pacientes.”

Como os equipamentos são projetados para gerar oxigênio em um espaço reduzido, a área destinada para a usina será de, aproximadamente, 20 metros quadrados. Nela, ficarão o compressor de ar de dimensionamento de consumo, a central de tratamento de ar comprimido medicinal, o secador de ar comprimido por refrigeração, um absorvedor de oxigênio, um analisador de gás e o reservatório de oxigênio.

Capacidade

Segundo informações do Conims, a estrutura, que está sendo adquirida pelos dois municípios, terá a capacidade de produzir 112 litros de oxigênio por minuto. Caso a estrutura seja programada para produzir gás 24 horas por dia, estima-se a geração de 4.032 cilindros de oxigênio de 40 litros, o tipo mais comum em hospitais. Vale ressaltar que municípios podem programar o tempo de produção do gás, por dia, na usina.

Ainda conforme o setor de licitações do Conims, a usina possui uma reserva de gás, onde é possível se armazenar três dias de produção do O— o que traz garantias as unidades de saúde, tendo em vista que, se houver uma falta de luz, continuará tendo oxigênio para os pacientes.

Outras usinas na região

Além de Clevelândia e Mariópolis, os municípios de Mangueirinha e Coronel Vivida, também estão investindo na compra de uma usina de oxigênio. Conforme o setor de licitações do Conims, a geradora em Mangueirinha terá as mesmas características e capacidade que a de Clevelândia e será instalada no Hospital São Judas Tadeu. Segundo o secretário municipal de Saúde, Ivoliciano Leonarchik, o gás produzido será utilizado para os pacientes internados no hospital e para as pessoas hospitalizadas em casa.

Em Coronel Vivida, a usina será maior, isso porque, segundo o Conims, sua demanda deve ser maior que a dos outros municípios.

Texto e Foto: Diário do Sudoeste.