Professores e funcionários de escolas públicas entraram em greve nesta segunda-feira (2) em todo o Paraná. De acordo com a APP-Sindicato, a paralisação acontece porque a categoria é contra o projeto que trata da Reforma da Previdência Estadual proposto pelo Poder Executivo e em tramitação na Assembleia Legislativa do Paraná.
A greve foi decidida em assembleia estadual realizada no último dia 22. Nesta terça-feira (3), está prevista uma mobilização estadual convocada pelo Fórum das Entidades Sindicais (FES), à partir das 08h30, com concentração na Praça 19 de dezembro (conhecida como Praça do Homem Nu) e caminhada até o Centro Cívico. Às 16h00, após a mobilização, a categoria se reúne em uma assembleia, em frente ao Palácio Iguaçu, para avaliar os próximos passos do Sindicato.
Conforme a APP-Sindicato, com a proposta do Poder Executivo, os servidores que já sofrem com salário defasado, sofrerão mais uma grande perda . Com o aumento da alíquota de 11% para 14%, o funcionalismo perde 3% de salário. Assim serão 3% de defasagem contra 2% do reajuste.
MUDANÇAS NA PREVIDÊNCIA
O pacote que propõe alterações na Previdência estadual tramita em regime de urgência na Assembleia Legislativa do Paraná. As propostas seguem os mesmos moldes da reforma da previdência já aprovada no Congresso Federal, com aumento da idade mínima e do tempo de serviço para aposentadoria do funcionalismo estadual. A emenda altera os artigos 35 e 129 da Constituição do Estado.
Entre as mudanças previstas estão o aumento da contribuição dos servidores de 11% para 14% e o estabelecimento de idade mínima para aposentadoria de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres.
De acordo com o Governo, em 2019, a despesa com a previdência do funcionalismo soma R$ 10,1 bilhões, com um deficit de R$ 6,3 bilhões para cobrir os gastos com aposentados e pensionistas. Se não ocorrer a reforma, o Executivo afirma que essa despesa deve ultrapassar os R$ 9 bilhões por ano.
A última vez que o Governo Estadual promoveu mudanças na previdência paranaense foi em 2015, na gestão do ex-governador Beto Richa (PSDB). Na ocasião, a alteração no fundo de aposentadoria e pensão do funcionalismo terminou com mais de 200 feridos durante um confronto entre os servidores em greve e policiais militares, no dia 29 de abril daquele ano.
Fonte: Paraná Portal