Presidente da República diz que “Não há risco de Intervenção Militar” por protesto de caminhoneiros

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Em entrevista à imprensa estrangeira em fórum de investimentos em São Paulo, o presidente da República Michel Temer (MDB) afirmou nesta terça-feira, que “não há risco” de “intervenção militar” em consequência da paralisação de caminhoneiros, que chega ao seu 9º dia. Cartazes e faixas pedindo intervenção militar para derrubar o governo foram visto com alguns grevistas.

Logo após a presença na abertura do Fórum de Investimentos Brasil de 2018, Temer relatou que a diminuição do preço do óleo diesel anunciada pelo governo foi usada como parte das medidas para tentar dar fim a greve, mas que não irá reverter as reformas realizadas pela Petrobras para garantir a independência da estatal.

Temer também afirmou que o governo poderá entrar com ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja declarada ilegal a greve convocada por petroleiros para quarta-feira. A paralisação convocada pela categoria, segundo o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, teria sido determinada antes da greve dos caminhoneiros.

O movimento se coloca contra a atual política de preços da Petrobras, contra a venda de ativos pela estatal,  incluindo o controle de quatro refinarias, e também defende a saída do presidente da companhia, Pedro Parente.

Na entrada do auditório do evento, os participantes foram proibidos de entrar com tampas de garrafas d’água e suco que eram distribuídas no local. Seguranças alegavam que poderiam ser atiradas no presidente que esteve acompanhado no evento de seis ministros, entre eles Aloysio Nunes, das Relações Exteriores.

Nessa terça-feira o presidente afirmou que tinha “absoluta certeza de que em um ou dois dias essa greve cessará”. Michel Temer irá baratear o diesel em R$ 0,46 por 60 dias.

Fonte: O GLOBO (Com agências internacionais)

Foto:Nelson Almeida / AFP